sábado, novembro 13, 2004

ariadne

Ariadne.

Traço linhas que ficam no chão do papel, para que indiquem o caminho de volta de meu labirinto. Não! As palavras escritas não nos desviam da sanidade! Elas são presentes dados pelos sonhos, ficam em nossas mãos, mesmo depois de acordadas as defesas da razão... São feitas de matéria mais densa que as lembranças do delírio. E é só por isso é que parece ser tão difícil escrever e estar são. Na verdade, a insanidade está nos olhos daquele que lê e julga. Só as palavras podem dilatar as etéreas margens da consciência. E, por serem matéria prima do real, só elas podem expandir o Universo. Devem ser postas no papel para roubar a fugidias imagens que chegam à luz da consciência. Furtar as que se escondem na sombra que é projetada pelo muro quase intransponível da razão. As palavras devem roubá-las, antes que sejam novamente engolidas pelas sombras. Quais são as palavras que não posso ler na minha trama interior de significações? Quais são os medos que poderiam querer lhes ocultar? O que quer dizer tudo aquilo que emerge nos breves lapsos da razão? O que dizem as doces imagens de meus pesadelos febris? As imagens que se reduplicam no labirinto de espelhos? E as mascaras que insisto em usar ao representas peças para mim mesmo?...
artur

2 Comments:

Blogger a said...

... valeu sunny, mas o lance é o seguinte: eu odeio usar sunga, tenho pernas muito finas, verdadeiros cambetos. Bj

26 de novembro de 2004 às 08:41  
Blogger a said...

... shakespeare é? :P

26 de novembro de 2004 às 08:44  

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